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Os pássaros que voam - 2ª parte

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Anteriormente, escrevi um texto mostrando que os nossos talentos - capital humano - estavam em franca retirada do nosso Estado. Fato que também é característico de nossa cidade. E agora, em meio a esta pandemia, esse fenômeno se fortalece, mas não só de pessoas, mas também de empresas. O que será a explicação para este fenômeno que só cresce nos últimos anos? Será o nosso "bairrismo exagerado", elementos naturais de migração, incentivos fiscais em outros Estados e municípios fora daqui, burocracia, falta de flexibilidade e rigidez fiscal, ambiente e expectativas empresariais e, agora, o modelo de distanciamento social? Enfim, considero que os motivos explicativos são múltiplos, e isso não é uma boa tendência.

Pois então, e cada vez mais, o número de empresas que encerram as suas atividades se acelera. Acho isso extremamente perigoso. No entanto, no passado, nós éramos conhecidos como Estado produtor, "celeiro do Brasil", a melhor educação no Brasil, enfim, vários atributos e características que era o nosso diferencial perante os outros Estados. E, agora, estamos no caminho inverso, crescimento da desigualdade social e empobrecimento das pessoas e da nossa matriz empresarial. Qual será o final disso tudo?

As empresas desistindo ou saindo daqui não é uma ação fácil de entender. Este legado não é virtuoso para o Rio Grande do Sul e para os nossos municípios. Temos que enfrentar isso imediatamente. Os números de saídas só crescem. E dado o coronavírus por aqui, estas saídas se acentuaram.

Vejamos o caso das empresas de calçados. Não é de hoje que a evasão é grande. Agora, temos centros logísticos nem se instalando por aqui. Empresas do ramo de pneus fechando as portas. Um centro de tecnologia sem nenhuma perspectiva - é o caso da Ceitec em Porto Alegre.  E até os times de futebol pensando em ir treinar fora daqui. Ora, ora, que lástima em...

Será que fomos burocratas demais? Será que perdemos os nossos atributos e nossas competências em manter e atrair investimentos e pessoas? Veja o caso das finanças do Estado e de muitos municípios, só tem uma função hoje, pagar a folha salarial e o resto quase nada. Investimento pífio. Como diz o nosso hino: "povo que não tem virtude acaba por ser escravo..." .

O nosso empreendedorismo, as nossas inovações, investimentos, educação de alto nível aonde estão? Acho que estão na nuvem, ou em outro lugar...

Adoro o meu Estado, aonde nasci e vivo muito feliz por aqui. Contudo, ver a cada dia o empobrecimento dele é de chorar. Vejamos mais progressistas. Vejamos protagonistas.  Vejamos inovadores. Que rapidamente mudemos o nosso modelo em busca por mais desenvolvimento e crescimento do nosso Pampa Gaúcho.

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